Título: Lições de gramática para quem gosta de literatura
Autor: Vários
Número de páginas: 104
Ano: 2007
Editora: Panda Books
O livro é uma antologia que reúne vinte textos (crônicas)
dos mais expressivos autores brasileiros e, como aliadas, a língua portuguesa e
a literatura. O livro foi organizado pela editora e escritora Carmen Lucia
Campos e pelo jornalista, professor e escritor Nílson Joaquim Silva. Antes de
organizar este livro, eles já haviam trabalhado juntos, como por exemplo, no livro
Já não somos mais crianças que foi
adotado em muitas escolas de todo o Brasil.
Na introdução Nossa pátria, nossa língua os autores
comentam a respeito das mudanças que a língua portuguesa sofreu ao longo dos
anos: antes singularizada e autoritária e agora, pluralizada, diversificada.
Após a leitura de todas as
crônicas presentes no livro, foram escolhidas apenas cinco para fazer parte da
resenha, entre elas:
Língua Pátria, de
autoria de Frei Betto, o autor conta a história de um professor de língua
portuguesa que além de desmistificar as regras de ortografia de uma maneira
bem-humorada e descortinar o mundo dos livros, despertava vocações, entre elas
a de Carlos Alberto, que desde muito pequeno descobriu o fascínio pelas letras.
O professor disse-lhe que poderia ser um grande escritor e a profecia se
cumpriu.
Guerrilha Urbana, de
autoria de Ivan Ângelo, o autor conta a história de seu amigo jornalista,
Toninho e, que por ser devoto da gramática foi chamado Toninho Vernáculo.
Depois de lutar durante anos pela correção dos textos jornalísticos livrando-se
de crases indevidas, concordâncias discordantes e aturando arranca-rabos com a
sintaxe, não aguentou e aposentou-se. Mesmo assim, o incansável revisor parte
para o campo de batalha atrás dos inimigos da língua portuguesa, afinal, para
ele, tudo aquilo era uma afronta ao bom senso. Saiu pela cidade corrigindo os
nomes mal colocados, assim como o personagem principal de O colocador de
pronomes escrito por Monteiro Lobato.
A Professora, de autoria
de Raul Drewnick, o personagem Sárvio apaixona-se pela bela professora de
português, Ana Lúcia. Sentia-se “burro” perto dela e arrependeu-se por não ter
escutado quando seu professor lhe dizia para estudar gramática, afinal, não era
um bicho de sete cabeças. Agora ele se arrepende de não tê-lo ouvido.
A menina que falava internetês,
de autoria de Rosana Hermann, trata de uma nova “língua”: o internetês, que na
verdade, nada mais é, que uma gíria surgida na internet, baseada na
simplificação da escrita: mãe e filha conversam pela internet e a mãe não
consegue entender o que a filha está digitando e acha que a menina está com
algum problema e elas acabam discutindo.
A Vogal A, o autor João
Anzanello Carrascoza, conta a história de Tia Alda, uma mulher que acreditava
no poder das palavras para resolver conflitos entre pessoas tão diferentes
quanto vogais e consoantes. Tia Alda estava num banco e três assaltantes
chegaram. A polícia cercou o local e aqueles que estavam na parte de dentro do
banco tornaram-se reféns, inclusive ela. As negociações com a polícia começaram
e tia Alda resolveu intervir: com o poder de sua palavra convenceu os
assaltantes a se entregarem. Eles entregaram-lhe as armas e nisso a polícia invadiu.
Acreditando que tia Alda era cúmplice dos bandidos a polícia baleou-a.
Infelizmente, a vogal que viera abrir-lhes passagem foi morta por engano.
Nada mais natural que escritores
brasileiros compartilhem com seus leitores o hábito de refletir sobre seu
principal instrumento de trabalho: a língua. Com a leitura deste livro é
possível descobrir o porquê de a convivência com as palavras ser tão
fundamental nas relações humanas e como tornar o leitor mais íntimo de sua
língua materna, servindo como objeto de trabalho didático capaz de aproximar e
aprofundar os conhecimentos entre educador e educando. Recomendo!
CLASSIFICAÇÃO:
MUITO BOM! |
Oi, tudo bem?? Parece um livro bem bacana para quem está estudando ou quer conhecer mais sobre nossa língua.
ResponderExcluirDica anotada.
Bj
O livro é muito bom mesmo!
ExcluirGostei da dica de leitura, cronicas costumo ler pouco, mas seria um livro interessante para conhecer.
ResponderExcluirObrigada pela dica.
Beijos
Viviana
Imagina! Que bom que você gostou!
ExcluirOOI
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, confesso que não chamou muito minha atenção. Não curto muito contos, mas para quem gosta deve ser um prato cheio! :)
Beijoos
http://estantemineira.blogspot.com.br/
Com certeza! Esse livro é, todo, muito inteligente. Vale a pena ;)
ExcluirOi, Mi!
ResponderExcluirEu adoro contos e sempre tive a curiosidade de saber mais sobre a nossa língua. Vou lê-lo com certeza.
Beijinhos da Mady.
Oi, Rayssa!
ExcluirFico feliz que tenha se interessado pela leitura. Vale muito a pena, é muito bom ;)