Olá, leitores!
Hoje trago uma entrevista incrível com a A. S. Victorian, nossa parceira, e autora do livro Depois da Meia-Noite: Abóboras e Loucuras. Vamos ver o que ela nos respondeu?
AL: Com quantos anos começou a escrever?
A.S.V: Eu comecei a escrever entre os nove-dez anos, quando
descobri que me divertia bastante escrevendo poesia e rimando. Mas acho que só
com onze anos que notei como a escrita significava algo para mim e adicionei à
minha meta de vida terminar um livro. Não sei se na época pensava que essa arte
se tornaria uma parte tão grande da minha vida, mas, com certeza, foi o começo
para o que me tornei hoje.
AL: O que lhe motivou a escrever Depois da Meia-noite:
Abóboras e Loucuras?
A.S.V: Já há algum tempo eu vinha pensando em trabalhar em um
projeto que mostrasse uma nova interpretação dos contos de fadas e tratasse de
temas atuais que me inquietam. Mas o livro só tomou esse formato quando eu
conheci as músicas da Melanie Martinez e assisti a uma entrevista onde ela
falou como gostava de tratar sobre temas que são tabus e misturar isso com um
ar infantil e até ingênuo. Decidi então que não apenas faria o que havia
pensado antes, mas que também me usaria do tom mais melódico e infantil das
próprias versões atualizadas dos contos de fadas para passar minha mensagem.
Foi uma experiência interessante, já que o Depois da Meia-noite foi meu
primeiro livro de poesia que realmente tive que sentar e pensar no que escrever
(não apenas esperar por inspiração como antes fazia na hora de escrever
poemas).
AL: Nos tempos de escola, havia algum professor (a) de
Língua Portuguesa que despertou o seu gosto pela leitura ou o incentivo maior
veio de casa?
A.S.V: Com certeza o incentivo veio mais de casa (não que meus
professores não incentivassem os alunos a ler, mas acho que quando você é
criança e tem que fazer algo para a escola a coisa tende a ficar chata). Minha
mãe sempre leu e comprou muitos livros para meu irmão e eu, o que fez com que a
literatura se tornasse algo natural em nossas vidas.
AL: Existe algum autor nacional ou estrangeiro que seja
seu grande ídolo?
A.S.V: Minha grande ídola, infelizmente já falecida, é a Diana
Wynne Jones, que escreveu minha série de livros favorita, “Os mundos de
Crestomanci”. Ela é uma das minhas maiores inspirações na hora de escrever meus
romances.
AL: Qual livro é o seu queridinho do momento?
A.S.V: As Cidades Invisíveis, do Ítalo Calvino. Um livro
que tive que ler para a faculdade e foi uma leitura simplesmente incrível.
Sempre que posso, dou uma relida nele.
AL: De todos os livros que você escreveu, tem como
escolher um favorito?
A.S.V: É difícil escolher um favorito, porque todos são parte
de mim. Mas acho que o livro que me marcou mais foi o primeiro que terminei de
escrever, o livro um da série JAT, não apenas pela magia de ter acabado um
livro, mas pelo tanto que ele me fez evoluir mesmo depois de tanto tempo de
escrito. E vai me fazer evoluir ainda mais quando eu finalmente me sentar para
aprimorá-lo.
AL: O que você pensa a respeito da ascensão feminina na
Literatura Nacional?
A.S.V: Não tem como eu ser contra isso *risos*. É maravilhoso
ver que cada vez mais as mulheres estão lutando pelo seu espaço na literatura,
assim como em tantas outras áreas. E mais do que isso, escrevendo e lendo sobre
assuntos que realmente gostam, sem ficarem envergonhadas por isso, ou por
estarem fazendo algo que “não é de/para mulher”. E acredito que já passou da
hora de leitores pararem de ver autores e autoras de forma diferente, já que
ser mulher não interfere na qualidade de suas criações.
A mudança vai ocorrendo aos poucos (em um cenário que a
literatura parece não conseguir se expandir tanto e que também foi desde seu
começo dominado por homens), o que torna cada nova autora uma conquista, não
importando o gênero que ela escreve ou a “qualidade” de suas obras, mas sim por
mostrar que literatura é lugar sim de mulher e que mais mulheres têm o direito
de se expressar como bem entenderem.
AL: Se tivesse que indicar aos leitores do blog um livro
que você leu e se identificou bastante, qual seria o seu escolhido?
A.S.V: Eu indicaria As Vantagens de Ser Invisível (um
livro que ninguém conhece, né? rs). Eu não costumo me identificar muito com
livros ou personagens, mas esse foi um caso a parte, tanto que entrou para a
minha seleta lista de favoritos.
Confira a resenha do livro aqui
E aí, galera? Curtiram a entrevista?
Eu amei conhecer a autora um pouquinho mais. Comentem!
Beijos!