Oi, galerinha!
Este mês eu tive a honra de conhecer a escrita da autora Beatriz Cortes e me apaixonar pela Ester e pelo Bruno, através de seu livro Aonde quer que eu vá, cedido em parceria com a LC - Agência de Comunicação.
Foi também, graças a essa parceria maravilhosa, que eu pude entrevistar a Beatriz e hoje trago um pouquinho do nosso bate-papo para vocês. Vamos conferir?
Álbum de Leitura: A música “Aonde quer que eu vá”, dos
Paralamas do Sucesso é o tema do casal Ester e Bruno e também o título do
livro. Por que essa escolha? Tem alguma relação direta com a banda?
Beatriz Cortes: Eu escutei essa música após escrever o primeiro capítulo de
Aonde quer que eu vá (que, na época, não tinha título ainda). Apesar de já ter
a ouvido outras vezes, nesse momento pensei que, talvez, essa poderia ser a
trilha sonora perfeita de Ester e Bruno. E de uma forma bem espontânea a
música foi narrando a história deles dois.
AL: Como psicóloga, você certamente já
ouviu muitas histórias e ajudou na reabilitação de seus pacientes. A história
de Ester foi inspirada em algum deles?
BC: Não. O drama de Ester e seu sofrimento com o transtorno do
pânico foi inspirado em uma de minhas amigas, que passava por algo bem difícil
na época. Achei que seria interessante falar sobre o assunto.
AL: Após finalizar a leitura de seu
livro, pude perceber que seu estilo de escrita é bastante semelhante com o das
autoras Jojo Moyes, Ka Hancock e Ana Beatriz Brandão. Você, de fato, as têm
como referência?
BC: Gosto muito das autoras citadas, mas minhas maiores
referências são Samanta Holtz e Nicholas Sparks.
AL: O que lhe motivou a escrever esse
livro? Qual foi a mensagem que você quis passar aos seus leitores quando
decidiu escrever “Aonde quer que eu vá”?
BC: Quis levá-los a uma reflexão sobre a vida, sobre suas
prioridades e seus sonhos. E, principalmente, quis passar a mensagem que, não
importa o que aconteça, não importa a dor, o sofrimento, as perdas, nossa maior
virtude é a resiliência. É a superação. “Tudo ao nosso redor nos transforma,
mesmo que a gente não perceba”. E essa transformação é necessária e
interessante, desde que a gente saiba utilizá-la para crescer.
AL: Se você pudesse resumir a história
de Ester e Bruno em uma frase, qual seria?
BC: Uma história onde o amor foi capaz de superar qualquer
distância e até dores inimagináveis. Somos capazes de superar tudo em amor, o
importante é não desistir.
AL: Você retratou muito bem a pressão
psicológica que os atletas sofrem em competições mundiais. Apesar de serem
esportes diferentes, você acha que a situação vivenciada pela seleção
brasileira de futebol na copa de 2014 ao perder de 7x1 para a Alemanha foi
semelhante à de Ester ao decepcionar uma nação inteira? Qual a sua dica para
lidar com esse sentimento de fracasso?
BC: Exatamente. Os atletas sofrem todo o tipo de pressão e essa
“pressão mundial” em um momento em que todos estão aguardando algum resultado
deles é extremamente desafiadora. Superar o fracasso não é impossível, mas
lidar com ele não é fácil. Minha dica é que esses grandes atletas sejam
realmente cuidados psicologicamente tanto quanto são fisicamente. O corpo é importante,
mas a mente também é. Sem ela não vamos a lugar algum. O sofrimento frente ao
fracasso é do tamanho da expectativa que se cria.
AL: Já ouvi dizer que, mesmo contra
nossa vontade, algumas perdas são extremamente necessárias. Você acredita que,
se a Ester não tivesse passado por tudo o que passou nos 16 anos em que
acontece a história do livro, ela teria tido a oportunidade de crescer tanto
como ser humano?
BC: Acho que as mudanças que passamos durante nossa vida, assim
como todos os acontecimentos, moldam nosso caráter e nos torna quem somos.
Acredito que tudo o que Ester passou foi importante na construção de quem ela
é. Mas, acredito mais ainda que como ela reagiu a esses acontecimentos, suas
atitudes frente ao sofrimento, sua resiliência, foi de um valor ainda maior.
AL: É possível que haja um livro em que
saibamos qual foi o rumo da história dessa querida ginasta depois da abertura
das Olimpíadas de 2016, no Brasil? Ou você acha que é melhor que essa possível
“continuação” fique a critério da imaginação de cada leitor?
BC: Bom, por enquanto, não tenho nenhuma ideia para um novo livro
com a continuação dessa história. Acho que Ester me ensinou bastante sobre a
vida e vivemos momentos incríveis de aprendizado. Mas, nunca digo nunca para os
livros rsrs
AL: O meu livro “queridinho do momento”,
sem dúvida, é “Aonde quer que eu vá”. E o seu, qual é?
BC: O lado feio do amor - Colleen Hoover
AL: Como começou o gosto pela leitura? O
incentivo maior veio de casa ou da escola?
BC: Da escola, com certeza. Minha família não é muito assídua com a
literatura, nunca foi. Meus professores foram incríveis durante toda a minha
vida, então, me apaixonei pelos livros ao ver a paixão deles.
AL: Você pretendia se tornar escritora ou
tudo aconteceu por acaso?
BC: Foi bem por acaso. Nunca me imaginei escritora, sempre
gostei de ler, mas não me via em uma profissão assim. Sempre quis ajudar as
pessoas de alguma forma, e encontrei isso na psicologia. Porém, a literatura é
meu primeiro amor. Acredito que minhas palavras podem mudar a vida de muitos,
mesmo que eu nunca esteja lá pessoalmente. Hoje não consigo me ver fazendo
outra coisa.
AL: Tem muitos projetos pela frente?
BC: Meu livro novo, Meu doce azar, sai em abril. E até o final do
ano terei outras novidades!
AL: Pretende participar da Bienal de São
Paulo este ano? Se sim, já consegue nos adiantar em quais dias estará presente?
BC: Com certeza estarei em São Paulo. Ainda não tenho os dias
oficiais, mas assim que tiver estarei divulgando.
AL: Se você pudesse ser um personagem de
livro que você já leu, qual seria?
BC: Amelie Wood – Quero ser Beth Levitt (Samanta Holtz)
AL: E se tivesse que indicar aos
leitores do blog um livro que você leu e se identificou bastante, qual seria o
seu escolhido?
BC: É difícil escolher um só, mas vamos lá rsrs. Madame Bovary
– Gustave Flaubert
Agradeço de coração pelo carinho! O blog sempre estará de portas abertas para você ;)
E aí, gostaram? Comentem!
Beijos!
Não conheço a autora, nem suas obras. Amei conhecer um pouco dela. ❤
ResponderExcluirVou procurar mais sobre seus livros, pois amei a capa de "Aonde quer que eu vá".
Amei a entrevista, beijos ❤
Fico feliz que tenha gostado! A capa é maravilhosa, né?
ExcluirJá tem resenha aqui no blog, se quiser pode conferir :D
Beijos
Oi, Milena. Adorei a entrevista. Eu ainda não li esse livro, mas tenho curiosidade com ele. Gostei de saber que a autora vai ter lançamento em abril e até o final do ano vai ter mais novidades.
ResponderExcluirOi, Beatriz! O lançamento de abril será maravilhoso! Já estou querendo! Que bom que gostou da entrevista. Espero que tenha a oportunidade de ler alguma obra da autora.
ExcluirBeijos
Oi Milena, tudo bem?
ResponderExcluirSe tem algo que eu gosto é entrevista, tenho uma coluna mensal para elas no meu blog, amo conhecer mais sobre os autores. Ainda não li esse livro, mas só de saber que é nacional eu fiquei ainda mais feliz e interessada. Amei suas fotos!
Beijos e abraços Vivi
http://vickyalmeida.blogspot.com.br/
Obrigada, Vivi!
ExcluirTambém gosto muito de entrevistas e sou apaixonada por literatura nacional *-*
Olá!
ResponderExcluirAdorei essa entrevista e saber que a leitura nacional vem se destacando me deixa orgulhosa.
Fiquei com vontade de conhece essa personagem da história.
Beijos!
Camila de Moraes.
Oi, Camila!
ExcluirVocê vai adorar conhecer a Ester, e o Bruno também! Hehe
Oi Milena, parabéns pela entrevista. Para mim foi muito útil, pois não conhecia a autora, apesar de conhecer o livro dela. Obrigada.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi, Rose!
ExcluirFico feliz que tenha gostado da entrevista.
Beijos
A capa do livro é linda e a trama parece ser tocante, ainda mais quando a propria autora revela que quer levar o leitor a reflexão sobre a vida, atráves de seu livro. Isso vale muito a pena.
ResponderExcluirDeixo o livro da Beatriz anotado como dica e O lado feio do amor que é o queridinho dela. Quero ler ambos e vou tirar a poeira do meu Madame Bovary.
Parabéns pela entrevista, sucesso a Beatriz.
Abraços.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/
Obrigada pela visita, Camila! Fico feliz que com essa entrevista você conseguiu anotar boas dicas.
ExcluirBeijos!
Olá, amei conferir essa entrevista. Amo a música “Aonde quer que eu vá”, aliás, amo tudo o que é dos Paralamas do Sucesso . Achei super interessante termos uma atleta e a autora mostrar essa pressão que eles sofrem.
ResponderExcluirpetalasdeliberdade.blogspot.com
Oi!
ExcluirQue legal, com certeza você vai amar o livro então, já que gosta dos Paralamas
Beijos
Oi, Milena ^^
ResponderExcluirAmo entrevista pois nos é permitido conhecer um pouco mais de quem criou as histórias que tanto amamos e/ou odiamos na literatura. Fora que conseguimos saber pistas de novidades que nem seria reveladas de outra forma. ahsuashasu
Lembro de já ter lido resenhas de um livro antigo da Beatriz chamado O OUTRO LADO DA MEMÓRIA e ter gostado bastante. Infelizmente, ainda não tive a bendita oportunidade de leitura.
Amo quando vejo autores conseguindo ter tempo de criar os seus enredos mesmo no dia-a-dia corriqueiro pois são pouquíssimos os que gozam de viver e se sustentar da literatura.
Pelos relatos que já vi o transtorno do pânico é algo que não deveria ser desejado nem para o inimigo!
Após a conclusão dessa entrevista só posso dizer que fiquei com vontade de conhecer a Ester e o Bruno e a superação que eles enfrentam.
Muito obrigado por trazer esse bate-papo, Milena. ^^
Abraços.
Oi! Que legal que você já leu uma resenha de um livro dela e gostou. Espero que tenha a oportunidade de se apaixonar por Ester e Bruno!
ExcluirBeijos
Olá,
ResponderExcluirAdoro ler entrevistas, pois vejo como um modo de conhecer mais o autor. Já ouvi falar bastante nesse livro, acho a capa lindíssima e tem uma premissa muito promissora, espero lê-lo algum dia.
Beijos,
oculoselivrosblog.blogspot.com.br/
Tenho certeza que irá se apaixonar! A escrita da autora é muito envolvente e a história é apaixonante!
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