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19/10/2018

# Dica de Leitura # 178

Título: É proibido sorrir
Autora: Esther Lya Livonius
Número de páginas: 212
Ano: 2016
Editora: Chiado

* Exemplar cedido em parceria com a autora.

Baingani é uma sociedade machista, na qual mulheres não têm vez e nem voz. Vistas como objetos e não seres humanos, ao completarem 18 anos são vendidas e submetidas às agressões e maus-tratos de seus maridos, autorizados a lhes dar a "educação" que acharem mais conveniente. No entanto, o que elas mais temem é se tornar uma "costurada", isso porque são proibidas de sorrir, uma vez que o sorriso representa uma ameaça, por ser considerado uma arma de sedução.

"Quando uma mulher é flagrada sorrindo, os Vis, soldados do exército, costuram seus lábios em praça pública, para que sirvam de exemplo."

Brandon é filho do líder da Política Vermelha (liderada por homens) e que, diferentemente de seu pai, não se conforma com a vida que as mulheres levam e não suporta ver as agressões e humilhações que sua mãe sofre nas mãos do patriarca.

Assim que completou idade suficiente para comprar uma mulher, ele espera reencontrar seu amor de infância, Joanne, porém, isso não acontece e ele acaba escolhendo Leya, uma moça de personalidade forte e que não aceita sua atual condição de "escrava" de uma sociedade desalmada e sem nenhum pudor. Juntos, os dois vão lutar pela liberdade feminina ao lado do Partido Azul, na busca desenfreada pela igualdade de gêneros.

O que eles não imaginavam é que, simultaneamente ao sistema doentio em que vivem, de seu companheirismo e amizade nasceria uma bela história de amor.


Sem saber exatamente o que esperar desta obra, Esther Lya conseguiu me surpreender de forma original e criativa. Apesar de abordar um tema cruel e recheado de cenas fortes, este livro revela a sagacidade da autora ao embasar sua escrita em críticas sociais, mostrando o seu envolvimento com acontecimentos mundiais do momento.

Com a possibilidade de ser lido em apenas um dia, É proibido sorrir escancara uma realidade horrenda e quase palpável, mantendo o leitor vidrado na história e envolvido com seus personagens bem trabalhados e com o estilo admirável de escrita da autora, que nos desperta para o perigo iminente que todo e qualquer movimento extremista pode causar em nossa sociedade.

CLASSIFICAÇÃO: 

ÓTIMO!


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