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26/02/2021

# Dica de Leitura # 263

Título: As aventuras do Pinocchio
Autor: Carlo Collodi
Número de páginas: 224
Ano: 2020
Publicado por: Instituto Mojo

* Exemplar cedido em parceria.

Quem não conhece a história do boneco de madeira que sonha em se tornar um menino de verdade e que quando mente o seu nariz cresce? Certamente em algum momento você já se deparou com alguma das adaptações literárias e/ou cinematográficas de uma das histórias mais lidas, contadas e recontadas do mundo. Mas você sabia que esse clássico foi publicado pela primeira vez em 1883 pelo italiano Carlo Collodi?

Apesar de amar a adaptação da Disney com todas as minhas forças, ler esta edição na íntegra, cuja tradução é a mais fiel possível à original e na qual o @institutomojo traz ilustrações inéditas e artigos de opinião de famosos críticos literários italianos, sem dúvida enriqueceu ainda mais a minha experiência de leitura e superou, de maneira excepcional, todas as minhas expectativas, tanto é que só agora percebi toda a crítica e a complexidade que há nesta obra: além de uma infinidade de lições morais e éticas para as crianças, é também um tapa na cara de muitos adultos.

Na versão original, o solitário e simples Geppetto ganha de um colega de ofício um pedaço de madeira falante. Seus planos? Dar vida a uma marionete e viajar pelo mundo com sua atração em busca de alguns trocados. Mas o que o velho marceneiro sequer poderia imaginar é que Pinocchio nem bem estaria finalizado e já começaria a aprontar das suas. Desobediente, folgado e mentiroso, o boneco se mete em uma encrenca atrás da outra, movido pelo impulso ou pela simples tentação de parecer mais fácil. É assim que vive as mais diversas aventuras e desventuras, se deixando levar pela sua ingenuidade e falta de discernimento, ignorando os valiosos conselhos de Geppetto, do Grilo Falante e da Fada de cabelos azul-turquesa e, aprendendo, da pior forma possível, que só a vida ensina a viver. Certamente, Pinocchio é o boneco de madeira mais humano que já conheci; ele prefere pagar para ver e sempre se dá mal, mas essa imperfeição aliada à constante busca de se tornar alguém melhor, talvez seja, justamente, o que tem encantado gerações, pois esta envolvente fábula da vida entre o bem e o mal dialoga profundamente com nossas emoções ao expor os erros e acertos de quem não entende o mundo, tampouco as consequências de seus atos. Além disso, Collodi critica severamente a injustiça pregada pela própria Justiça, bem como a ideia de que deixaremos de ser marionetes apenas quando nossa mente for alimentada pelo estudo e quando nosso coração se tornar bondoso e altruísta, afinal, não se perde nada em ser bom. Por isso, mesmo diante das piores dificuldades, devemos persistir, aprender com os erros e priorizar aquilo que realmente importa. Um dia, a recompensa vem.

Isso sem mencionar toda a questão social e o contexto histórico que a obra reflete: na época em que o livro foi escrito, a Itália estava passando por um processo de unificação e, consequentemente, dificuldades econômicas, o que é abordado na história, pois mesmo sendo muito pobre, Geppetto vende as próprias roupas para garantir que Pinocchio frequente a escola, mostrando o amor incondicional pela marionete. Outro detalhe é que as cores utilizadas na capa e nas ilustrações remetem à bandeira da Itália, mérito do @institutomojo que minuciosamente preservou a essência e a identidade desta obra, tornando-a uma das mais belas e especiais da minha estante.

Portanto, se tiver a oportunidade, adquira o seu exemplar em mojo.org.br ou então baixe gratuitamente o e-book disponibilizado em mojo.org.br/ebook/as-aventuras-do-pinocchio

Já tiveram a oportunidade de ler a obra original? Temos fãs (além de mim) do querido Pinocchio por aqui?

CLASSIFICAÇÃO: 

ÓTIMO!



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