Título: Roverando
Autor: J.R.R Tolkien
Número de páginas: 160
Ano: 2021
Editora: HarperCollins
* Exemplar cedido pela editora.
"A gente nunca sabe o que vai acontecer em seguida, depois que se mete com os magos e seus amigos."
Que Tolkien é um exímio contador de histórias não é segredo para ninguém, mas você sabia que o autor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis também escreveu histórias infantis? Elas nasceram dos contos que ele inventava para seus quatro filhos, e Roverando foi criado especialmente para consolar o pequeno Michael, de 4 anos, que certo dia perdeu seu brinquedo favorito, um cachorrinho de plástico preto e branco, na praia.
Em um dos seus textos mais tocantes, Tolkien se supera na sensibilidade e cria uma narrativa extremamente encantadora para explicar ao filho que o cachorrinho não havia se perdido, e sim feito uma grande viagem!
Vagando entre a origem do brinquedo (que na verdade era um filhotinho de cachorro preto e branco que brincava no jardim de sua casa com sua bola amarela, quando foi transformado em um brinquedo por um mago vingativo e mal-humorado e levado para a vitrine de uma loja, onde é comprado pela Sra Tolkien para seu filho de 4 anos, Michael, que sempre foi apaixonado por cães) e as aventuras fantasiosas (como a ida de Rover à Lua e ao Fundo do Mar, graças à ajuda de um outro mago, chamado Psamatos Psamatides), o autor cria um universo que, além de confortar, maravilha seu pequeno filho, e é claro, nós, leitores, independentemente da idade.
Na edição em inglês, o livro recebe o título de #roverandom, uma mistura de Rover (nome do cachorrinho, que significa algo como "andarilho") e Random (casual, sem rumo), e apesar de sofrer alterações na edição brasileira, a tradutora Rosana Rios conseguiu manter o sentido pretendido pelo autor, já que o personagem anda muito e sem rumo.
Com capa estilo soft touch e ilustrações do próprio autor, a @harpercollinsbrasil caprichou nesta edição, deixando-a em um tamanho menorzinho para que as crianças tenham uma experiência de leitura diferenciada e especial, não prejudicando em nada a diagramação do livro como um todo, pelo contrário; o tamanho da fonte é super confortável e a leitura é extremamente rápida, o que para as crianças é uma grande conquista, já que acabam se sentindo mais motivadas quantitativamente e acabam valorizando ainda mais o processo.
Já havia lido Sr. Bliss (Sr. Boaventura), que também é uma obra infantil do autor, e cada vez me sinto mais maravilhada pela sua capacidade de criar universos diferentes, fantasiosos e apaixonantes ao mesmo tempo em que exerce com extrema sensibilidade o título tão merecido de pai. Por isso, repasse o legado. Leia Tolkien com as crianças!
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