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03/06/2021

# Dica de Leitura # 269

Título: A garota que lê no metrô
Autora: Christine Féret-Fleury
Número de páginas: 160
Ano: 2020
Editora: Valentina

* Exemplar cedido em parceria com a editora.

"Para formar um mundo... tudo é necessário - diz, com placidez. - Até mesmo um mundo de livros."

A jovem e solitária Juliette leva uma vida metódica: diariamente ela pega o metrô no mesmo horário rumo à imobiliária onde trabalha. No percurso, observa com curiosidade as pessoas que leem à sua volta, como se as leituras e particularidades alheias pudessem trazer mais cor à sua vida monótona e previsível.

Certo dia, pega um desvio que mudará a sua vida para sempre e aprenderá que livros parados não contam histórias.

Como um próprio trecho do livro diz: "em se tratando de livros, sempre nos deparamos com surpresas." e com esse não foi diferente. Apesar de suas poucas páginas, é o tipo de livro que exige uma leitura demorada, contemplativa e minuciosamente detalhista, tanto é que ao menor sinal de desatenção, perde-se a essência da história, pois sua metalinguagem traz uma poesia, eu diria até que uma declaração de amor nas entrelinhas. 

No início, senti dificuldade em me conectar com a história, pois as minhas altas expectativas criaram a teoria de que a parisiense Juliette seria protagonista de uma espécie de chick-lit. Ledo engano! A obra de Christine Féret-Fleury segue a mesma linha de "O pequeno príncipe" e traz um enredo repleto de referências a grandes obras da literatura mundial, além das inúmeras reflexões sobre o peso da rotina, os caminhos que a vida nos leva e a relação que, nós, leitores, mantemos com os livros, objetos tão valiosos e que guardam em cada página amarelada infindáveis histórias e incontáveis memórias.

"A garota que lê no metrô" fala sobre livros que viajam, que encontram pessoas e transformam vidas. Sua originalidade cumpre com o que promete: me senti arrancada da minha zona de conforto e obrigada a desacelerar. Sim, esse pequeno grande livro conseguiu fazer a Milena ansiosa e que lê extremamente rápido se adaptar a um novo ritmo de leitura e sentir a absurda vontade de reler cada palavra desta bela composição e dela, consequentemente, extrair cada vez uma nova interpretação. 

Eu permiti que esse livro transformasse a minha vida, que tal permitir que ele transforme a sua também?

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