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No post de hoje vamos conhecer a opinião da aluna Vitória Knop do 3º ano sobre o livro Lolita. O que será que ela achou deste clássico?
Lolita é um livro intrigante, que retrata a pedofilia, mas um dos motivos de ter se tornado um clássico é o fato de não transparecer isso. Aos olhos de muitos leitores, o livro conta a história de amor entre o professor europeu Humbert, um homem de meia-idade, e Lolita (Dolores Haze), uma menina de 12 anos.
"Lolita, luz de minha vida, fogo de meus flancos. Meu pecado, minha alma, Lolita: a ponta da língua fazendo uma viagem de três passos pelo céu da boca, a fim de bater de leve de encontro aos dentes. Lo.Li.Ta."
Isso acontece porque o livro inteiro é narrado na visão de Humbert, que se diz extremamente apaixonado. O autor russo Vladimir Nabokov chegou a ser criticado por incentivo à pedofilia. Porém, sua proposta com a escrita deste livro era totalmente o contrário.
No início da narrativa, a personalidade e uma visão geral da vida de Humbert são apresentados ao leitor. Ele conta sobre seu único amor, que teve na infância: uma menina que morreu devido a uma grave doença e desde então não amou mais ninguém. As mulheres adultas não o atraem, e só se relaciona com elas quando está "desesperado por algum contato físico". O que lhe encanta de fato são as ninfetas, meninas entre 9 e 14 anos que transpiram vulgaridade. Humbert sofre porque as relações entre elas e um homem de meia-idade não são considerada legais perante a lei. Portanto, ele tenta sufocar este desejo dentro de si.
Após deixar a Europa, muda-se para os Estados Unidos em busca de uma vida mais tranquila. Ao chegar lá, recebe a notícia de que a casa onde seria hospedado pegou fogo, porém, o proprietário diz ter uma amiga que está alugando um quarto em sua casa. É assim que ele conhece Charlotte, a viúva e mãe de Lolita. A casa delas não é das mais bonitas e organizadas, tanto é que ele está decidido a procurar outro local para se hospedar. Até que, ao lhe ser apresentado o quintal, ele se depara com Lolita deitada na grama, folheando uma revista e, imediatamente, cria um amor obsessivo por ela e decide ficar na casa.
"Era Lo, apenas Lo, pela manhã, com suas meias curtas e seu um metro e quarenta e oito centímetros de altura. Era Lola em seus slacks. Era Dolly na escola. Era Dolores quando assinava o nome. Mas, em meus braços, era sempre Lolita."
Apesar de não suportar Charlotte, casa-se com ela apenas para ficar mais próximo da menina, e após a morte trágica da senhora, começa a violentar Lolita.
Na narrativa, é complicado identificar o abuso por ela sofrido, pois há poucas menções diretas e o narrador-protagonista tenta mostrar os acontecimentos de maneira romantizada.
O estilo de escrita do autor é impressionante e envolvente. Senti apenas dificuldade para entender algumas frases em francês, enquanto que as partes em inglês foram bem fáceis. O livro é bem detalhado e nos deixa de queixo caído. Recomendadíssimo!
E então? Já leram Lolita? Gostaram? Compartilham a mesma opinião que a Vitória? Comentem!
Beijos!
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